“Não vou conseguir falar”, foi a única frase que conseguiu pronunciar uma das mulheres que participava da vigília, esta noite, no local do acidente. Mesmo sem ter perdido alguém da sua família, do seu rosto caiam lágrimas que exteriorizavam dor e luto que tomaram conta dos moradores do bairro Luís Cabral.
Homens, mulheres, jovens e adolescentes, mobilizaram-se em pouco tempo e fizeram o que melhor podiam para expressar o luto. Com velas acesas, cânticos fúnebres e rostos vencidos pelo desgosto. Com a voz trémula, outra mulher, com bebé no colo, disse-nos o que a sua expressão facial traduzia: “sentimos muito pelos nossos irmãos, nossos filhos que morreram”.
As imagens que se seguiram ao acidente eram chocantes, descreveu-nos uma adolescente presente na vigília, que esteve no mesmo local, na hora do sinistro. “Quando saímos, logo disseram para entrarmos onde estávamos porque as imagens eram chocantes. Outros desmaiaram”.
A história do acidente começou a traçar-se após o condutor da Wakswagen Amarok passar uma brigada de trânsito que por volta das 2h00 de madrugada de domingo encontrava-se a fazer a fiscalização rodoviária em frente ao Posto Policial do bairro Luís Cabral, na Estrada Nacional n°4. Conta um agente da Polícia de Trânsito que o automobilista ainda abrandou a marcha, só que logo depois de passar a brigada aumentou a velocidade e 200 metros depois envolveu-se no sinistro. O carro que trazia é dos mais velozes, atingindo 340 km/h.
Testemunhas oculares disseram-nos que após capotar, o carro foi travar nos suportes metálicos da ponte de pedestres, o que evitou mais vítimas porque mais além haviam muitas pessoas a se divertirem.
Fonte: Jornal O país
Sem comentários:
Enviar um comentário