Na cidade de Maputo, as divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas e de vestuário e calçado foram as que maior agravamento de preços registaram em termos homólogos, com aproximadamente 30,73% e 27,43%, respectivamente, segundo dados do INE.
Na Beira, os preços de educação, mobiliário e de outros artigos de decoração foram os que mais subiram. Já em Nampula, mobiliário, artigos de decoração, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação tiveram os maiores agravamentos, de acordo com estatísticas do INE.
De Janeiro a Maio do ano em curso, isto é, em termos acumulados, o país registou um aumento de preços na ordem de 5,49%, abaixo dos 7,58% no mesmo período do ano passado, facto que mostra melhorias. “A divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a principal responsável pela tendência geral de agravamento de preços, ao contribuir com aproximadamente 1,67pp positivos”, lê-se no comunicado de imprensa do Instituto Nacional de Estatística.
Em termos globais, o preço do cabaz de bens de uma família típica moçambicana, em Abril deste ano, subiu 21,27% em relação ao mesmo período de 2016. Esta subida é maior que a registada em Abril do ano passado, comparativamente ao mesmo mês de 2015, que foi de 16.07%.
De Março a Abril, o país registou uma subida do nível geral de preços na ordem de 1,13%. “Analisando a inflação mensal por produto, há a destacar o aumento dos preços do pão (15,0%), da gasolina (7,9%), do carvão vegetal (6,3%), do gasóleo (8,6%), do peixe seco (4,1%), de congeladores (16,0%) e do peixe fresco, refrigerado ou congelado (1,9%)”, mostram dados do INE.
Em termos médios, a inflação rondou os 22,13% em Abril, depois de 21,73% em Março, uma fasquia alta, devido aos elevados agravamentos registados no ano passado. Este ano, 2017, o Governo prevê que a inflação possa reduzir para 15.5%.
No país, várias pessoas têm-se queixado do elevado custo de vida. Os trabalhadores, através da Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM), defenderam recentemente que os salários mínimos praticados no país são muito baixos, sendo que, dado o elevado custo de vida, deviam pelo menos estar nos 16 000 meticais. Refira-se que o salário mínimo mais elevado em vigor é 10 400 meticais e o mais baixo 3 642 meticais.
Desde o ano passado, a economia moçambicana atravessa momentos de crise que se caracterizam pelo aumento do custo de vida, situação que força os agentes económicos a fazerem contenção de despesas. Segundo um relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Moçambique enfrenta uma inflação de 19% este ano, que deverá cair para 10% no próximo ano.
Fonte: http://opais.sapo.mz/index.php/economia/38-economia/44741-maputo-a-cidade-mais-cara-em-abril.html
Sem comentários:
Enviar um comentário