quinta-feira, 22 de março de 2018

Cerca de 3.6 bilhões de pessoas enfrentam escassez de água

Assinala-se, hoje, o Dia Mundial da Água. Este ano, a efeméride é celebrada sob o lema “Natureza para a água”. De acordo com o mais recente Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, 3,6 bilhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a aproximadamente metade da população mundial, vivem em áreas com potencial escassez de água durante ao menos um mês por ano. Esse número pode aumentar para mais de 5 bilhões em 2050, se medidas não forem tomadas.
“Durante o mesmo período (2050), a demanda mundial por água, estimada actualmente em torno de 4,6 mil km³. por ano, pode alcançar 5,5 mil km³. ou 6 mil km3 por ano. Com o volume de 4,6 mil km³. por ano, o actual uso mundial de água doce já está perto do limite máximo de sustentabilidade,” refere a mensagem da diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, por ocasião da data que hoje se assinala.
A mensagem aponta como exemplo, a cidade do Cabo, na África do Sul, que se aproxima do “Dia zero” previsto para 12 de Abril próximo, data em que a cidade ficará sem água potável, pois estima-se que as reservas hídricas desta cidade irão atingir apenas 13% do seu nível normal.
O desperdício do recurso hídrico é apontado como um dos factores que contribui para a escassez do líquido. E para que o cenário não se agrave, a UNESCO defende ser urgente encontrar-se soluções para proteger o capital natural da terra. “Devem ser promovidas soluções que protejam, administrem e restaurem os ecossistemas naturais e artificiais, e que respondam aos desafios humanos e ecológicos de uma forma efectiva e sustentável, melhorando o bem-estar das pessoas e preservando a biodiversidade. O planejamento de novas florestas, a reconexão de rios a planícies de inundação e a restauração de zonas húmidas são soluções que, entre outros aspectos, irão abordar os desafios contemporâneos da gestão hídrica, em especial com vistas a desenvolver uma agricultura sustentável e construir as cidades do futuro”.
A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2018-2028 como a Década Internacional para Acção, “Água para o Desenvolvimento Sustentável” jornada a iniciar hoje, para terminar no Dia Mundial da Água, em 22 de Março de 2028. Neste contexto, a UNESCO diz reafirmar o seu compromisso de apoiar os governos na sua transição rumo a economias verdes e circulares, bem como em seus esforços para implementar políticas hídricas mais bem integradas, visando o alcance da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Fonte: Jornal O país

quarta-feira, 21 de março de 2018

Governo não espera novo Programa do FMI em 2018

O Governo de Filipe Nyusi não tem expectativa que este ano seja retomado o Programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) suspenso em Abril de 2016 após a descoberta das dívidas ilegais da Proindicus e da MAM. Fontes ouvidas pelo @Verdade projectam a retoma só deverá acontecer depois das Eleições Gerais de 2019.
Na apresentação realizada esta terça-feira (20) em Londres aos credores das dívidas ilegais o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse que Moçambique não tem expectativas da retoma de um Programa de apoio financeiro por parte do FMI este ano.
Não ficou claro se a falta de expectiva deve-se ao facto de não existir no horizonte nenhuma vontade política em esclarecer “as lacunas de informação” identificavas pela Auditoria realizado pela Kroll para a Procuradoria-Geral da República às empresas estatais Proindicus, Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) e da Mozambique Asset Management (MAM) ou se o Governo não acredita que a Procuradoria-Geral da República possa deslindar este que é o maior escândalo financeiro e de corrupção da história do nosso país.
Analistas ouvidos pelo @Verdade concordam que sendo este um ano de eleições, assim como o próximo, o mais provável é que o calvário do povo moçambicano dure pelo menos até depois das Eleições Gerais, que Nyusi pretende ganhar.
Embora um Programa financeiro do FMI não represente a entrada de muito dinheiro no erário é no entanto catalítico para o Investimento Directo Estrangeiro, que caiu de 3.1 biliões de dólares em 2016 para 2,3 biliões de dólares norte-americanos em 2017, e principalmente influencia o apoio dos Parceiros de Cooperação internacional para o financiamento dos investimentos em obras públicas que que pararam desde que as dívidas ilegais foram descobertas.
Em Dezembro passado o ministro Adriano Maleiane admitiu na Assembleia da República que todos os anos o Governo precisa de conseguir financiamentos de cerca de 2 biliões de dólares “porque a Receita que nós temos dá para financiar a despesa de funcionamento”.
“E onde é que nós vamos buscar? Vamos buscar no financiamento externo porque não há outra forma. Mesmo que a gente despedisse metade dos funcionários nós não íamos buscar na despesa da verba com pessoal suficiente para financiar o investimento. E sabem que na parte só de funcionamento, gasto com pessoal, só nesta proposta corresponde a 52,2 por cento. E se formos buscar as transferências correntes, que são na verdade pagamento de salários nós estamos com 64 por cento só na despesa de funcionamento”, esclareceu o governante aos deputados.
O ministro Maleiane explicou ainda que “a nossa economia está a funcionar muito à custa do investimento directo estrangeiro porque a nossa capacidade de poupar ainda é pouca e mais ainda porque não conseguimos aumentar mais exportações para termos uma conta corrente razoável e tornar a taxa de câmbio estável”.

Fonte: @Verdade

PR participa no lançamento da zona africana de comércio livre

Os Chefes de Estado e de Governo dos 55 países membros da União africana lançam, amanhã, em Kigali, no Ruanda, a zona africana de comércio livre, uma iniciativa que marca um passo importante no projecto de integração económica regional e faz parte de um pacote de reformas que inclui a independência económica e financeira da União africana.

Pelo menos 26 Chefes de Estado e de Governo, entre os quais, Filipe Nyusi, irão  testemunhar o acordo  que marca o lançamento formal da Zona de comércio livre africana que constitui , de acordo com o presidente do Ruanda Paul Kagame, um pacto histórico que tem quase quarenta anos de elaboração e representa um  grande avanço para a integração e unidade Africana.

A zona de comércio livre pretende tornar o continente africano numa das maiores economias mundiais e reforçar a sua capacidade de interagir em igualdade de condições com outros blocos económicos internacionais. Com esta iniciativa pretende-se aumentar as trocas comerciais na região, em pelo menos, vinte e cinco a trinta por cento nos próximos 10 anos.

Este é um projecto emblemático da Agenda 2063, a visão de longo prazo da União Africana para uma Africa integrada, próspera e pacífica.

No Ruanda, o Chefe do Estado moçambicano já participou num jantar oferecido pelo Presidente paul Kagame, aos seus homólogos africanos. Na manhã desta quarta-feira, a Cimeira extraordinária irá decorrer à porta fechada durante o qual os chefes de Estado irão tomar a decisão definitiva sobre o lançamento da zona do comércio livre. A sessão formal de abertura da cimeira terá lugar perto das 12 horas.

Nesta terça feira, entretanto, as delegações governamentais já presentes em Kigali, reuniram-se com os principais líderes empresariais africanos e outros convidados num fórum de negócios destinado à troca de pontos de vista sobre a transformação económica do continente por via do comércio.

Fonte: Jornal O país

terça-feira, 20 de março de 2018

Governo pede mais tempo para pagar “dívidas ocultas”

De acordo com a apresentação feita pelo ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, cujo documento tivemos acesso, o Governo explica a necessidade da reestruturação com o argumento de que apesar do ajustamento fiscal empreendido, o serviço da dívida continua um grande fardo para as contas públicas.
Como proposta para a renegociação, o governo apresenta como linhas de reestruturação, a redução em 50% das taxas de juro, sobretudo no que diz respeito às facturas, incluindo as respectivas multas, cuja maturidade está vencida, e a transformação dos juros em capital.
Para a mesa negocial, Maleiane leva três cenários para a consideração dos credores. A primeira alarga a maturidade dos créditos em 16 anos, com as taxas de juro que vão de 2% até aos primeiros cinco anos, subindo para três até ao 10º ano e até 6% até ao final. A segunda opção alarga o pagamento por mais 12 anos, com uma taxa de juro que varia de 1,5% nos primeiros cinco anos, até 5% nos anos subsequentes.
A última opção, a considerada mais apertada para o país, aponta para um prazo de maturação de oito anos. Para este último caso, o Governo pede um considerável desconto do valor da dívida.
De acordo com dados do Governo, estão actualmente em atraso facturas no valor de 637 milhões de dólares, dos quais, 136 correspondentes à dívida da Ematum, 345 da MAM e 154 milhões da Proindicus.

Fonte: Jornal O país

Gasolina sobe três meticais

Gasolina sobe três meticais
Por O País
Os preços de combustíveis e outros produtos petrolíferos serão ajustados à partir de amanhã. Com o reajuste, o gás doméstico (GPL) desce dos actuais 68.43 Mt/kg, passando a custar 65.18 Mt/kg. A gasolina passa de 62.06 meticais por litro para 65.01 meticais por litro e o gasóleo passa de 56.43 para 61.16 meticais por litro.
Por seu turno, o petróleo de iluminação regista uma subida dos actuais 46.98 para 50.45 meticais por litro enquanto o gás comprimido (GNV) passa dos actuais 29.62 meticais por litro para 31.54 litro equivalente.
Apesar deste ajustamento em alta o Governo continuará como tem sido sua política, a proteger os sectores mais necessitados, nomeadamente o transporte semi-colectivo de passageiro, os agricultores, a geração de energia nos distritos (grupos geradores), e a pesca artesanal, avança o comunicado do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
O último ajustamento do preço dos combustíveis e outros produtos petrolíferos foi a 21 de Fevereiro de 2018.
Fonte: Jornal O país

Carta aberta aos estudantes de empreendedorismo e negócios

Boa tarde caríssimos

Venho por meio desta carta compartilhar a minha opinião acerca dos vossos serviços no âmbito civil, como cidadão que deseja a evolução da sociedade em particular a comunidade moçambicana que tem vindo a mostrar o desabamento dos princípios morais éticos cultivando-se a abundante preguiça que culmina com dificuldades sócio-econômicas de continuar alimentar esse vicio cultivado em todas organizações societárias escola, igrejas, famílias entre outras

É notável o vosso esforço em nos proporcionar serviços de qualidade a preços imensamente acessíveis a todos os cidadãos localizados em Moçambique se possível além fronteiras desde o tempo da vossa chegada ao nosso caridoso país.
São alguns exemplos do vosso interesse a oferta de cartões ao nível do país a todos estudantes ... o acesso à internet e crédito mahala na época ..
As taxas bonificadas
A instalação de antenas nos lugares sub urbanos ... entre outros factores

Porém acredito que o último serviço devia ser revisto ou criar-se ou novo serviço para equilibrar os efeitos negativos do primeiro
Falo necessariamente do serviço cinetop 15 meticais para aceder ao portal do cinetop e assistir quantos filmes quiser durante um mês volto a repisar durante um mês ... senhores numa época de crise como este precisamos de menos pessoas assistindo filmes e muitas assistindo cursos onlines gratuitos para aprenderem a fazer algo na vida ... sou um cidadão que também foi afectado pela vossa distribuição gratuita de preguiça já faz uma semana que activei o vosso serviço e de lá para cá nada de produtivo consegui fazer se não chego tarde ao serviço chego cansado pois estive a assistir filmes até que o nascer do sol me tire das mantas ...
Já basta o serviço de WhatsApp e facebook de borla senão quase de borla que me levam anos do futuro bem sucedido vendo feed de notícias e fotos

Portanto por estar ciente de que juntos podemos trazer algo de melhor não trago apenas a crítica venho com a proposta de solução quital nos oferecer acesso grátis aos sites de cursos online?? Assim além de passar a vida apenas assistindo poderei frequentar cursos que de alguma forma poderão ajudar no desenvolvimento psicológico criação de ideias empreendedoras e soluções de problemas do quotidiano!!

Texto escrito por Elito Leonardo Macuácua
3/20/2018

Apesar das desigualdades Governo de Nyusi continua privilegiar Maputo

Embora as condições de vida na cidade, e também na província, de Maputo sejam muito melhores do que nas outras regiões o Governo de Filipe Nyusi continua a privilegiar a capital no Orçamento de Estado (OE). Comparativamente a província da Zambézia que tem cinco vezes mais habitantes do que Maputo teve uma dotação 11 por cento inferior em 2016, e recebeu menos 34 por cento do que a cidade das acácias em 2017.
A 4ª Avaliação da Pobreza, realizada em 2016 pela Direcção de Estudos Económicos e Financeiros do Ministério de Economia e Finanças (MEF) com base nos dados do Inquérito aos Agregados Familiares sobre Orçamento Familiar(IOF)2014/15 confirmou que “o hiato ou gap entre zonas rurais e urbanas é grande e na melhor das hipóteses é persistente (se não tendente a piorar)”.
O documento constatou o que é visível, “as condições de vida no Sul são muito melhores do que nas outras regiões, em quase a totalidade das dimensões de bem-estar consideradas e de acordo com todos os métodos”. Enquanto a incidência da Pobreza na cidade de Maputo estava em 17,4 por cento da sua população, e na província 26,1 por cento, as desigualdades agravaram-se particularmente no Niassa, em Nampula e na Zambézia.
Aparentemente alheio a esse documento o Governo de Filipe Nyusi teima em manter maiores dotações orçamentais para a cidade e província de Maputo.
O @Verdade apurou, analisando as Contas Gerais do Estado, que a alocação para a capital de Moçambique, que tem uma população de 1,1 milhão de habitantes, em 2016 foi de 4.244 milhões de meticais enquanto para a província da Zambézia, com 5,1 milhão de cidadãos, a dotação ficou-se pelos 3.807 milhões de meticais.
Pior foi a dotação para a província do Niassa, a mais pobre de Moçambique com uma incidência de 65,3 por cento do 1,8 milhão de habitantes, que recebeu quase metade do dinheiro que foi alocado a cidade de Maputo, 2.584 milhões de meticais.

Paradoxalmente em 2017 a distribuição orçamental desigual ficou ainda pior, ignorando a conclusão da Direcção de Estudos Económicos e Financeiros do MEF que trabalhou no estudo com a Universidade das Nações Unidas – World Institute for Development Economics Research (UNU-WIDER) - e a Universidade de Copenhaga, que recomendava “alcançar um crescimento inclusivo é o desafio central que Moçambique vai enfrentar no seu desenvolvimento económico e social nas próximas décadas”.
No OE de 2017 a cidade de Maputo recebeu 4.306 milhões de meticais, quase o dobro da província da Zambézia que teve uma dotação de 2.817 milhões e mais do dobro do que foi alocado à província do Niassa que recebeu apenas 2.071 milhões de meticais.
Aliás esta alocação para o funcionamento e investimentos na cidade das acácias é acrescido todos anos pelo orçamento de âmbito central que em 2016 foi de 169 biliões de meticais e em 2017 foi de 114 biliões de meticais.
Importa ainda notar que os moçambicanos do Niassa embora sejam os mais pobres são aqueles que pagam os preços mais altos dos bens de primeira necessidade devido a falta de vias de comunicação, as estradas são um martírio, o comboio só há algum tempo retomou a ligação para Cuamba e mesmo de avião não é possível chegar lá num voo regular todos os dias. Até os
preços dos combustíveis são os mais alto do país.
Fonte: @ verdade