quinta-feira, 29 de março de 2018

Moçambique e Quénia anunciam abolição de vistos

O Presidente da República do Quénia encontra-se desde esta quinta-feira a realizar uma visita de Estado a Moçambique, que vai durar cinco dias. Mais do que política e diplomática, a visita de Kenyatta é meramente económica.
O presidente queniano faz-se acompanhar por quatro ministros e 25 empresários que e reuniram com a sua contraparte moçambicana. Foi no encontro empresarial que os dois Chefes de Estado falaram sobre os propósitos da visita história. Antes de mais, os dois dirigentes anunciaram a abolição de vistos para passaportes ordinário, com o objectivo de facilitar a circulação de pessoas e bens, aliás o Presidente moçambicano introduziu o assunto em forma de brincadeira dizendo “a Assembleia do Município de Maputo decidiu tornar o meu irmão Kenyatta num cidadão da nossa capital, agora não sei como fazer em relação ao visto se ele vai se exigir a si mesmo visto para voltar ao seu país, porque da nossa parte já não há fronteiras. Estamos abertos, ele que nos diga aqui como vai resolver esse problema de visto” disse.
Em jeito de resposta, Uhuru Kenyatta anunciou que durante as conversações oficiais, os dois governos decidiram, na hora, eliminar a necessidade de visto para se entrar nos dois países. “A partir de agora, podem visitar os vossos irmãos no Quénia. Podem ir fazer negócios sem precisar de vistos”, disse o governante, tendo na altura acrescentado que os dois governos acordaram ainda a necessidade de aumentar a frequência de voos das companhias aéreas dos dois países ligando as principais cidades, mas há interesses em tirar benefícios do sector mineiro moçambicano para ajudar a desenvolver o seu país.

Fonte: Jornal O país

quarta-feira, 28 de março de 2018

Dhlakama considera que separação de poderes poderia evitar raptos

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, defende que se houvesse separação de poderes no Estado moçambicano, raptos como do jornalista Ericino de Salema não iriam acontecer, pois haveria várias forças a combater o mesmo mal. Dhlakama acrescenta que se as instituições funcionassem, a onda de criminalidade estaria a reduzir, porque os criminosos seriam perseguidas pela Polícia.
“Temos o Serviço de Informação do Estado, Sise, temos SERNIC, temos Polícia, temos vários grupos com armas pertencentes ao Estado, a vigiar e a perseguir políticos, mas ninguém persegue aqueles (raptores)”, disse.
O líder da Renamo fala de esquadrão de morte. Diz ainda que os supostos sequestradores pertencem ao partido no poder e insta ao Chefe de Estado, Filipe Nyusi, a fazer algo para que haja responsabilizações.
“Isto é esquadrão da morte. Todos estes que estão a sequestrar e matar pessoas, são elementos ligados ao partido Frelimo, ou ligados à maquina do governo da Frelimo”.
Por outro lado, disse estar preocupado e agastado com a situação, pois para além de impedir que as pessoas se expressem livremente, mancha a democracia e a imagem do país.

Fonte: Jornal O país

Ericino de Salema não corre perigo de vida

Um dia depois de o jornalista e comentador Ericino de Salema ter sido raptado, espancado e abandonado em Marracuene, na Estrada Circular de Maputo, com ferimentos e inconsciente, a família veio garantir que o activista não corre risco de vida e está fora de qualquer perigo.
O jornalista sofreu ferimentos nos membros superiores e inferiores e deverá ser submetido a cirurgias.

Fonte: Jornal O país

terça-feira, 27 de março de 2018

População homenageia vítimas da tragédia de Luís Cabral

“Não vou conseguir falar”, foi a única frase que conseguiu pronunciar uma das mulheres que participava da vigília, esta noite, no local do acidente. Mesmo sem ter perdido alguém da sua família, do seu rosto caiam lágrimas que exteriorizavam dor e luto que tomaram conta dos moradores do bairro Luís Cabral.
Homens, mulheres, jovens e adolescentes, mobilizaram-se em pouco tempo e fizeram o que melhor podiam para expressar o luto. Com velas acesas, cânticos fúnebres e rostos vencidos pelo desgosto. Com a voz trémula, outra mulher, com bebé no colo, disse-nos o que a sua expressão facial traduzia: “sentimos muito pelos nossos irmãos, nossos filhos que morreram”.
As imagens que se seguiram ao acidente eram chocantes, descreveu-nos uma adolescente presente na vigília, que esteve no mesmo local, na hora do sinistro. “Quando saímos, logo disseram para entrarmos onde estávamos porque as imagens eram chocantes. Outros desmaiaram”.
A história do acidente começou a traçar-se após o condutor da Wakswagen Amarok passar uma brigada de trânsito que por volta das 2h00 de madrugada de domingo encontrava-se a fazer a fiscalização rodoviária em frente ao Posto Policial do bairro Luís Cabral, na Estrada Nacional n°4. Conta um agente da Polícia de Trânsito que o automobilista ainda abrandou a marcha, só que logo depois de passar a brigada aumentou a velocidade e 200 metros depois envolveu-se no sinistro. O carro que trazia é dos mais velozes, atingindo 340 km/h.
Testemunhas oculares disseram-nos que após capotar, o carro foi travar nos suportes metálicos da ponte de pedestres, o que evitou mais vítimas porque mais além haviam muitas pessoas a se divertirem.

Fonte: Jornal O país